Crianças com dificuldade de sociabilização, linguagem rebuscada para a idade e interesse intenso e limitado por apenas um ou poucos assuntos, podem ser portadoras da síndrome de asperger, transtorno do desenvolvimento que afeta principalmente indivíduos do sexo masculino e cujas causas ainda são desconhecidas.
A síndrome de asperger é uma forma branda de autismo. Diferentemente do autismo clássico, porém, quem tem asperger não apresenta comprometimento intelectual e cognitivo. Por isso, os primeiros sinais e sintomas do distúrbio costumam ser ignorados pelos pais, que os atribuem a características da personalidade da criança. Com frequência, a desconfiança aparece no início da vida escolar, quando a dificuldade de se relacionar com os colegas e a falta de interesse por tudo o que não esteja ligado ao seu foco de hiper atenção manifestam-se mais intensamente.
O tratamento é multidisciplinar e baseia-se em desenvolver habilidades e recursos para minimizar as manifestações características, em especial a dificuldade no convívio social. As terapias são feitas a longo prazo, já que se trata de um distúrbio crônico. Medicamentos são utilizados apenas para tratar sintomas decorrentes dessas manifestações, como ansiedade, depressão e extrema irritabilidade.
Quanto mais precoces e precisos forem o diagnóstico e o tratamento, maiores serão as chances de a criança asperger desenvolver-se de forma mais saudável, com um comportamento mais sociável, flexível e independente.
Os terapeutas ocupacionais são fundamentais no tratamento pois trabalham para promover, manter e desenvolver as habilidades necessárias para que o paciente Asperger seja funcional nos ambientes que participa. A participação ativa dessas crianças nos seus ambientes de vida promove:
- Aprendizagem
- Autoestima
- Autoconfiança
- Independência
- Interação Social